Vivemos em função do trabalho, compromissos, pessoas que disputam nossa atenção...
trabalho, celular, internet... sempre ocupados.
Tão ocupados que não nos imaginamos de "férias", sem ocupações, no ócio... como se estar compromissado o tempo todo fosse uma forma de nos sentirmos "importantes". Quando nos vemos com tempo livre, sem a ocupação cotidiana, não sabemos o que fazer, vem a solidão e a sensação de que não somos ninguém... afinal, somos o que: mera capacidade produtiva? resolvedores de problemas de outrem?
Ah o mundo capitalista... é preciso produzir, resolver, aparecer, vencer, ganhar, ter, ter, ter...
Quem não se enquadra nestas perspectivas está FORAAAA!!!!!!!!
Excluído, isolado, diferente...
sexta-feira, 23 de julho de 2010
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Faces
Ontem, dia do amigo, recebi de uma amiga um feedback pra lá de diferente: "ser humano buscador e encontrador"...
Tanto busco que um dia encontro, um dia algo especial, outros o que não queria ter encontrado, mas no final o saldo ainda fica muito positivo: pessoas, aprendizagens e quando estou quase desistindo de buscar algo novo nas minhas tantas experiências, surge algum desafio pra fazer brilhar os olhos de novo e insuflar a vontade de buscar e conhecer e não parar...
Os momentos de dor não compreendo; me sinto perdida, sozinha muitas vezes; diferente demais da conta, mas isso deve ter algum motivo especial, afinal ser igual é tão sem graça; quem sabe um dia entenderei e aceitarei tudo isso...
Até lá continuo buscando e encontrando...
Encontrei meus filhos e o pai deles, minha mãe... como minhas tarefas de casa terminaram (coisas de minha terapeuta), criei outras.
O xale de tricô que fiz pra ela [mamãe] ficou lindo, agora vamos nos reunir lá na casa da mãe de todas pra trocar talentos, uma irmã ensina tricô de tear, a mãe os recortes nos retalhos, outra o tricô, outra a decoupage, e assim aumentam-se as prendas...
Penso que sou privilegiada e não me dou conta disso; elogios, pessoas querendo me "passar uma rasteira" é uma competição desnecessária mas recebo como um reconhecimento; um reconhecimento às avessas.
Outro dia ouvi de uma amiga que me viu tricotando enquanto esperava no salão de beleza: nossa, vc é uma mulher tão moderna, tão chique e ainda sabe fazer tricô... tive que rir; ri gostoso pois me vi na fala dela; uma mulher à antiga e ao mesmo tempo atual, moderna; faces de Rtcassia...
E assim vou vivendo, umas dores, uns sorrisos, carinho de filhos e amigos, altos e baixos, descobrindo a mim mesma nestes picos e vales...
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