terça-feira, 7 de setembro de 2010

FERIADO

Um dia, possivelmente como outro qualquer, céu nublado, sol aparecendo momentaneamente, chuviscos depois de longa estiagem, frio, mais na alma e no coração que no corpo...
Mas não é um dia como outro qualquer, não para mim.
Busco-me e na busca encontro o que não quero ver nem sentir, o que não tenho permissão para sentir nem ver, e dói demais, quero virar o rosto e não olhar, a garganta fecha, as lágrimas vêm; a sensação é de morte e medo.
Quero colo, alguém que me conforte, me ouça, me entenda, me abraçe e me dê o ombro para chorar...
Ao mesmo tempo em que quero ultrapassar tudo isso, poder sorrir, ver todos os dias a beleza nas coisas; vem o medo de não dar conta, de não ser capaz... a vontade de deixar como está; a dor faz avançar. Não sei até quando aguento, nem o que irá acontecer, quem vou encontrar; talvez apenas a mim mesma no espelho da vida...

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Tempo, ah o tempo

Vivemos em função do trabalho, compromissos, pessoas que disputam nossa atenção...
trabalho, celular, internet... sempre ocupados.
Tão ocupados que não nos imaginamos de "férias", sem ocupações, no ócio... como se estar compromissado o tempo todo fosse uma forma de nos sentirmos "importantes". Quando nos vemos com tempo livre, sem a ocupação cotidiana, não sabemos o que fazer, vem a solidão e a sensação de que não somos ninguém... afinal, somos o que:  mera capacidade produtiva? resolvedores de problemas de outrem?
Ah o mundo capitalista... é preciso produzir, resolver, aparecer, vencer, ganhar, ter, ter, ter...
Quem não se enquadra nestas perspectivas está FORAAAA!!!!!!!!
Excluído, isolado, diferente...

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Faces

Ontem, dia do amigo, recebi de uma amiga um feedback pra lá de diferente: "ser humano buscador e encontrador"...
 Tanto busco que um dia encontro, um dia algo especial, outros o que não queria ter encontrado, mas no final  o saldo ainda fica muito positivo: pessoas, aprendizagens e quando estou quase desistindo de buscar algo  novo nas minhas tantas experiências, surge algum desafio pra fazer brilhar os olhos de novo e insuflar a vontade de buscar e conhecer e não parar...
Os momentos de dor não compreendo; me sinto perdida, sozinha muitas vezes; diferente demais da conta, mas isso deve ter algum motivo especial, afinal ser igual é tão sem graça; quem sabe um dia entenderei e aceitarei tudo isso...
Até lá continuo buscando e encontrando...
Encontrei meus filhos e o pai deles, minha mãe... como minhas tarefas de casa terminaram (coisas de minha terapeuta), criei outras.
O xale de tricô que fiz pra ela [mamãe] ficou lindo, agora vamos nos reunir lá na casa da mãe de todas pra trocar talentos, uma irmã ensina tricô de tear, a mãe os recortes nos retalhos, outra o tricô, outra a decoupage, e assim aumentam-se as prendas...
Penso que sou privilegiada e não me dou conta disso; elogios,  pessoas querendo me "passar uma rasteira" é uma competição desnecessária mas recebo como um reconhecimento; um reconhecimento às avessas.
Outro dia ouvi de uma amiga que me viu tricotando enquanto esperava no salão de beleza: nossa, vc é uma mulher tão moderna, tão chique e ainda sabe fazer tricô... tive que rir; ri gostoso pois me vi na fala dela; uma mulher à antiga e ao mesmo tempo atual, moderna; faces de Rtcassia...
E assim vou vivendo, umas dores, uns sorrisos,  carinho de filhos e amigos, altos e baixos, descobrindo a mim mesma nestes picos e vales...

quarta-feira, 17 de março de 2010

O prazer de fotografar


Olho no olho 09/12
Fotografia: Rita Delconte
Ribeirão Claro 10/06
Fotografia: Rita Delconte
moinhos
Ponte Rio Paraná - Guaíra - 10/06
Fotografia: Rita Delconte
mansidão
Adicionar legenda
caminhos

contraste