terça-feira, 7 de setembro de 2010

FERIADO

Um dia, possivelmente como outro qualquer, céu nublado, sol aparecendo momentaneamente, chuviscos depois de longa estiagem, frio, mais na alma e no coração que no corpo...
Mas não é um dia como outro qualquer, não para mim.
Busco-me e na busca encontro o que não quero ver nem sentir, o que não tenho permissão para sentir nem ver, e dói demais, quero virar o rosto e não olhar, a garganta fecha, as lágrimas vêm; a sensação é de morte e medo.
Quero colo, alguém que me conforte, me ouça, me entenda, me abraçe e me dê o ombro para chorar...
Ao mesmo tempo em que quero ultrapassar tudo isso, poder sorrir, ver todos os dias a beleza nas coisas; vem o medo de não dar conta, de não ser capaz... a vontade de deixar como está; a dor faz avançar. Não sei até quando aguento, nem o que irá acontecer, quem vou encontrar; talvez apenas a mim mesma no espelho da vida...

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